23/02/2016

Quando sai à rua


Com os seus cabelos longos e ruivos ela sai à rua! Sai... sem nunca se preocupar com o vento, com a chuva, com o sol...
Esvoaça sem amarras, esvoaça livre!
Quando ela sai à rua o cabelo tapa-lhe o rosto... esse rosto que tem covinhas que nos fazem sonhar com mais, que nos fazem querer conhecer mais, que nos fazem amar aquele sorriso e... aqueles lábios...
Na face, as manchas do sol fazem passar as emoções dos verões quentes repletos de aventuras!
Quando ela sai à rua... Sai vivendo cada pedacinho dos seus passos com a mesma emoção do primeiro...
Vive, ri e sorri... quando sai à rua!
A vida é para ela uma tela que pinta com aguarelas onde o pincel é suave, mas forte...
Ela sai à rua e o feio não existe, a paixão com que segura a vida é um turbilhão de emoções repletas de magia.
Os olhos seus brilham! Brilham e fazem brilhar quando sai à rua.
Quando ela sai à rua...
Ela sai... ela a vontade de sair e ser o que bem entender...

Quando ela sai a rua deixa-se ir... encanta e deixa-se encantar... quando sai à rua... 

02/02/2016

Lugar... só meu



Há um lugar onde vou... um lugar só meu...
 Lá perco a noção do tempo.
Vejo-me como sou, sem máscaras, nem fingimentos...
Há um lugar onde me encontro e reencontro a cada passo... um lugar que é só meu...
Reconheço-me em cada canto... naquele lugar só meu...
Há um lugar onde o tempo é intemporal... um lugar onde me dispo de quem não sou,
Visto-me de mim, por mim e para mim...
Há um lugar onde o caminho do incerto é o certo...
Há um lugar onde caminhar me leva pelo  caminho das incertezas dos motivos que me levaram ir...
Há um lugar onde leio os meus pensamentos em voz alta sem medo...
Há um lugar...
Há um lugar...

Há um lugar que é só meu!